terça-feira, 9 de outubro de 2012


Sempre penso nesse quadro do Salvador Dalí, intitulado o Navio. Criaturas náuticas, somos destinados a realizar expansões ultramarinas do Ser. Cabe-nos promover uma constante ancoragem e desancoragem, não se prender a nenhum porto-destino. Ao mesmo tempo, o barco que somos (ou carregamos?) muitas vezes nos oprime. Temos necessidade de abandoná-lo para navegar sem aparatos, em uma nudez imemorial. Mas talvez essa liberdade não passe de uma miragem que vislumbramos nessa trajetória. 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012



O homem é um animal redundante. Repete-se nas ações, nas anedotas que profere, no conteúdo onírico que produz e em suas imprecações. As múltiplas configurações das nuvens deveriam lhe dar lições de originalidade. 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012


Muitos seres com os quais convivo me deixam com vontade de conviver apenas com os seres que me habitam.


Atualmente considero que a sabedoria é apenas uma tentativa patética de surfar sobre a angústia de existir.